10h Brasília | 12h Cabo Verde | 13h Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe | 14h Angola | 15h Moçambique
O papel dos atores locais nas cidades é fundamental para o enfrentamento dos principais desafios urbanos e sociais e se dá através de diversos formatos e enfoques, como associações de bairro, redes de troca, grupos de voluntariado
ou movimentos sociais de combate à desigualdade e à pobreza, às discriminações e ao racismo. A pandemia aprofundou todas as desigualdades existentes e aumentou a demanda pela atuação local, que tem sido essencial na resposta efetiva
à prevenção e mitigação dos efeitos adversos da COVID-19.
Com o tema “Valorizando nossas comunidades e cidades”, o Dia Mundial das Cidades busca enfatizar a importância do papel dos atores locais na construção de um futuro
urbano melhor. O ONU-Habitat incentiva que o envolvimento desses atores deve ir além de ações pontuais, sendo necessária uma participação mais estratégia e sistemática no planejamento urbano e no desenho, implementação e monitoramento
de políticas públicas.
A capacidade das cidades de mobilizar suas comunidades e integrar diversos atores, de diferentes localidades e condições econômicas, será determinante para o sucesso no enfrentamento de atuais e futuros
desafios, como a pandemia da COVID-19, as mudanças climáticas e as desigualdades sociais. Garantir que a participação dos atores locais seja fortalecida e integral durante e após a pandemia será essencial para o alcance Objetivo
de Desenvolvimento Sustentável 11, que busca "tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis", além de saudáveis.
O evento do Dia Mundial das Cidades reunirá experiências e perspectivas
que salientam o aspecto inovador, ativo e estratégico das comunidades locais para a resiliência e recuperação pós-COVID-19. Os/as painelistas participantes compartilharão suas experiências acerca da valorização da atuação local
na construção de cidades mais inclusivas e sustentáveis, a partir dos eixos econômico, social, ambiental e inovação.
Programação:
Rayne Ferretti Moraes: boas-vindas
Moderação: Bruna Gimba e Julia Caminha
Eixo econômico
• Preto Zezé: Desafios econômicos nas favelas e a
pandemia
• Laura Samily da Silva: A importância das mulheres negras para a economia
Eixo social
• Talita Gonsales: Direito à moradia adequada e despejos
• Bianca Toledo: Cultura e direito à cidade
→ Slam: Jéssica Preta (Poetisa Marginal)
• Debate e perguntas
Eixo ambiental
• Mariana Fiúza: Mudanças climáticas,
gênero e pandemia
• Clara Ferraz: Sustentabilidade e resiliência nas favelas
→ Slam: Falon Murillo Romero (Poetisa Marginal)
Eixo de inovação
• Paulo Mota: Dados, inovação e narrativas sobre favelas
• Dalila Ramalho: Participação cidadã e inovação
• Debate e perguntas
→ Cordel: Júlia Juazeira (Mulher artista nordestina)
• Encerramento
Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat)
Rayne Ferretti Moraes
Oficial Nacional (ONU-Habitat | Brasil)
Graduada em Relações Internacionais pelo Centro Universitário Metodista Bennett. Mestre em Relações Internacionais pela PUC-Rio. Trabalha há 15 anos
no ONU-Habitat e, desde 2011, é Oficial Nacional para o Brasil, sendo responsável pelos programas e projetos implementados no país. Lecionou no Curso de Relações Internacionais do Centro Universitário Metodista Bennett (2008/2013).
Bruna Gimba Assistente de Programas (ONU-Habitat
| Brasil)
Graduada em Relações Internacionais pela UFRJ, pós-graduanda em Cidades, Política Urbana e Movimentos Sociais pelo IPPUR/UFRJ. Assistente de Programas do ONU-Habitat no Brasil, atua em projetos de desenvolvimento urbano
sustentável e coordena a iniciativa anual do Circuito Urbano. Coordenadora para América Latina na Oxford Urbanists. Tem experiência em cooperação internacional e descentralizada, igualdade de gênero e direitos humanos nas cidades.
Julia Caminha Assistente de Programas (ONU-Habitat | Brasil)
Doutoranda do curso de Pós-Graduação em Geografia da PUC-Rio e membro do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Espaço e Metropolização (NEPEM). Mestre em Planejamento Urbano e Regional pelo IPPUR/UFRJ. Bacharel
e Licenciada em Geografia pela UFF. Especialista em Políticas Territoriais no Estado do Rio de Janeiro, pela UERJ, e em Política e Planejamento Urbano, pelo IPPUR/UFRJ. Estagiou no escritório do Rio de Janeiro do ONU-Habitat, onde
atualmente atua como Assistente de Programas.
Jéssica Preta
Poetisa marginal (Slam) – Brasil
Conselheira da cultura Afro-brasileira em Campina Grande na Paraíba, poetisa marginal, coordenadora geral do projeto social Batalha do Pedregal e do projeto slam
na escola. Organizadora do Slam Viral e do Slam da Balbúrdia.
Júlia Juazeira
Mulher artista nordestina (Cordel) – Brasil
Entendendo o que é ser, dentro e fora dos meus territórios. Reafirmando
o reconhecido e colocando em prática outras possibilidades, quando-onde todas são possíveis. Atrás de meus questionamentos mais do que de suas respostas. Atriz, cordelista, cantadora.
Falon Murillo Romero
Poetisa
Marginal – Slam – Brasil
Mulher preta periférica mãe, colombiana de legalidade africana de humanidade. Criadora e desenhista do empreendedorismo preto: @yo_pazcifico.br. Poeta e ativista preta.
Preto Zezé
Presidente Global da Central Única das Favelas (CUFA) – Brasil
Ex-lavador de carro nas ruas de Fortaleza, Presidente Global da CUFA (Central Única das Favelas), empresário, produtor cultural, repórter
no Quadro "Talentos da Comunidade" na TV Verdes Mares, afiliada da Rede Globo no Ceará. Escritor, autor dos livros "A Selva da Pedra: a Fortaleza Noiada" (2014) e "Das Quadras Para o Mundo" (2019). Consultor em planos de oportunidades
para governos e empresas. Preto Zezé também é CEO e fundador do Lis (Laboratório de inovação social). Ativista de uma agenda positiva nas favelas para transformar o estigma em carisma e as dificuldades em oportunidades. Especialista
em planejamento e agendas comuns, Mestre em sobrevivência nas Quadras, Doutor nas ruas do Brasil e Pós-doutor em conexões de potências e compartilhamento de oportunidades.
Laura Samily da Silva
Estrategista
(Think Olga) – Brasil
Ativista, Comunicadora, Multiartista, Pesquisadora e Produtora Cultural. Trabalha com iniciativas focadas em equidade racial e de gênero, mobilização política, mídia ativismo, impacto social e inclusão.
É estrategista na ONG Think Olga (SP), Diretora Geral da Coletiva Conecta (DF), colaboradora na Mídia Ninja (BR) e mobilizadora no Planeta Ella (LATAM).
Talita Gonsales
Pesquisadora do Observatório de
Remoções (LabJUTA/UFABC e LabCidade/FAUUSP) – Brasil
Bacharela em Engenharia Ambiental e Urbana pela Universidade Federal do ABC. Mestra e doutoranda no programa de Planejamento e Gestão do Território - PGT/UFABC, estudando
a estratégias de resistência à processos de remoção forçada. Pesquisadora do Laboratório Justiça Territorial – LabJUTA/UFABC e no Observatório de Remoções (FAUUSP/UFABC/UNIFESP) e integrante da Campanha Despejo Zero.
Bianca Toledo
Pesquisadora,
Produtora Cultural e membro dos coletivos Ocupa Carnaval e O Passeio é Público – Brasil
Mariana Fiúza
Assessora de Coordenação (Agenda Teresina 2030 – Prefeitura Municipal de Teresina) – Brasil
Mariana
é mestra em Urban Management and Development, pela Erasmus University Rotterdam. De volta a sua terra natal, ela integrou o time da Prefeitura de Teresina para colaborar com a estratégia Teresina 2030, de forma a promover inovação
rumo a um modelo de desenvolvimento mais sustentável. Desde 2019, é coordenadora do Programa de Resiliência Urbana de Teresina.
Clara Ferraz
Comunidades Catalisadoras / Rede Favela Sustentável – Brasil
Coordenadora
de Desenvolvimento Institucional da Comunidades Catalisadoras, atua com comunicação, captação de recursos e articulação da Rede Favela Sustentável. Graduada em Estudos Ambientais pela Oberlin College (EUA). Já atuou junto à Associação
dos Amigos do Parque Nacional da Tijuca e à Post Landfill Action Network. Busca sempre atuar na promoção de soluções locais e da justiça socioambiental.
Paulo Mota
Coordenador de dados (data_labe) –
Brasil
Coordenador de dados no data_labe®; Mestre em epidemiologia em Saúde Coletiva pelo IESC/UFRJ. Trabalha com ciência de dados, machine learning e bigdata aplicados à saúde, gênero e territórios periféricos.
Dalila Ramalho
Gerente
de Soluções para Governo (Colab) – Brasil
Turismóloga e especialista em Pesquisa de Mercado pela USP. Possui experiência em metodologias de pesquisa quali e quanti em diferentes mercados de atuação. Certificada em Gestão de
Projetos Sociais (PMD Pro), com grande interesse em avaliação de impacto social. No Colab, aplicativo de inovação cívica, atua como Gerente de Soluções para Governo, buscando entender as necessidades dos servidores públicos que
entram em contato com a empresa para desenvolvimento de novos negócios e parcerias.